Talvez você me considere apenas um peixinho tentando nadar contra a maré. Uma espécie de “do contra”, que queira enxergar coisas que não existem, ou simplesmente um sonhador isolado, que espera algo mais das pessoas, ou ainda, que esta escrevendo esse texto apenas para se convencer.
Mas, eu acredito nas pessoas! Em sua capacidade de serem boas, de ver os outros com olhos divinos. De ajudar em momentos de desespero, de mudar o rumo quando preciso, sem pensar em si mesmos. De exalar bondade a ponto de contagiar e mudar o mundo, a sociedade, as circunstâncias. De dar a vida por outro quando preciso.
Acredito em nosso país, no Brasil, nos brasileiros. Povo judiado e criativo, com gingado e força de vontade que não vemos em outras nações por aí.
Acredito na fé, em um Criador que colocou em nós uma gota de si, que nos move para ser pessoas melhores, para olhar ao redor e contribuir, a se preocupar, perder o sono em prol de um bem maior: a vida!
Pode ser que eu esteja nadando em vão e só contra a maré do pessimismo. As vezes, a corrente é tão forte, e paro de nadar me deixando levar por alguns instantes… Mas, algo vem e me diz: continue a nadar! Não pare!
Será que é apenas um pensamento de revolta, ou uma forma de não cair na mesmice? Seria uma defesa subconsciente de minha mente para continuar trabalhando? Será que é a voz da fé…?
Não sei ao certo, mas posso afirmar que é tão forte que não posso nega-la, deixar de obedecer essa voz é como me entregar ao desespero, deixar de lutar. Não! Não posso deixar de olhar para as pessoas, não posso deixar de ver bondade nelas, de perceber sua fé que supera, move e une. Creio sim, que o amor é, e sempre será, o poder que muda, molda e nos eleva. Que nos faz… pessoas.
J. Lima